O REAL PODER DO GRUPO WAGNER PELO MUNDO!

O grupo Wagner, um conjunto de mercenários composto por cerca de 50 mil homens, ganhou visibilidade global por seu papel fundamental na guerra da Ucrânia.

Recentemente, chamou a atenção devido a um motim que causou grandes problemas para a Rússia.

Mas a influência do Wagner ultrapassa a Ucrânia e as fronteiras russas, estendendo-se a vários países na África, no Oriente Médio e até nas Américas.

Iniciado em 2014, o grupo Wagner começou a atuar na Ucrânia, apoiando separatistas pró-Rússia.

Prigozhin, o líder do grupo, é uma das figuras mais ricas e influentes da Rússia, mesmo que o grupo formalmente não tenha vínculos com o governo russo.

Na sua jornada, Prigozhin saiu da cadeia após 1 década e iniciou vendendo fast food, logo ele se tornou proprietário de restaurantes, e ganhou notoriedade suficiente para se aproximar de Vladimir Putin.

Prigozhin ampliou seus negócios para incluir o fornecimento de alimentos para escolas, militares e até para o Kremlin.

Mas o que é o Kremlin?

O Kremlin é um enorme complexo localizado em Moscou, a capital da Rússia.

A palavra “Kremlin” em russo significa “fortaleza dentro de uma cidade”.

Este complexo possui quatro catedrais, quatro palácios e a torre do sino de Ivan, o Grande, além de ser cercado por uma muralha com 20 torres.

O escritório do presidente russo fica exatamente dentro dessa fortaleza chamada de o Kremlin de Moscou!

A partir da invasão da Ucrânia em 2022, os mercenários do Wagner passaram a ter um papel principal em algumas das batalhas mais brutais da guerra, sempre defendendo a Rússia.

No entanto, conforme o grupo de Prigozhin ganhava relevância, ele passou a competir em poder e influência com os líderes das Forças Armadas oficiais russas.

Prigozhin criticava o Exército por ineficiência, erros na guerra da Ucrânia e falta de apoio adequado ao Wagner. Durante a crise, acusou os militares russos de atacar o grupo.

Os problemas realmente começaram, quando os mercenários tomaram temporariamente uma cidade russa e iniciaram uma marcha em direção a Moscou.

Em menos de 24 horas, Prigozhin recuou, em uma negociação cujos detalhes não foram divulgados.

Atualmente, ele está exilado na BieloRússia, e as consequências do motim ainda estão por ser determinadas.

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O impacto negativo no governo de Vladimir Putin ainda está sendo estudado.

É certo que o grupo Wagner, até o tempo da rebelião, tinha sido bastante útil para o governo.

Eles atuavam secretamente, fazendo todo o tipo de trabalho sujo e em lugares do mundo onde a Rússia tem interesses políticos e comerciais, conseguindo assim agir sem envolver diretamente.

Mas, como e onde isso aconteceu?

Uma das primeiras ações internacionais do grupo Wagner foi na Síria.

Durante a guerra da Síria, os rebeldes se levantaram contra o governo.

E a Rússia enviou tropas para apoiar o governo Sírio.
Mas também enviou o grupo Wagner.

Eles se uniram ao exército sírio e protegeram o governo.
Em troca, a Rússia se tornou sócia da extração do petróleo sírio.

Logo o governo russo entendeu que usar sua nova força de combate para ganhar territórios e aliados era algo muito rentável.

E assim começou a enviar o grupo Wagner vez após vez para outros países.

Na sequência eles foram para vários países africanos.

Batendo muitas vezes de frente com as decisões da ONU e apoiando ou derrubando governos inteiros.

Na Líbia, por exemplo, eles conseguiram controlar todo o petróleo do país.

Além disso o Sudão e a República Centro-Africana, são locais conhecidos por estarem em constantes conflitos territóriais e por recursos.

O grupo entrou nesses países e vendeu os seus serviços como soldados para proteção e defesa.

Entre as conquistas realizadas na África, o grupo Wagner conseguiu reunir, ouro, diamantes e direitos de extração de petróleo e madeira.

A África se tornou um dos pontos chave para o grupo Wagner pois lá é onde eles mantêm as suas parcerias comerciais mais valiosas e lucrativas.